De acordo com a especialista, o infliximab revolucionou a terapêutica da doença inflamatória inicial, porém, ao longo do tempo, assiste-se a uma perda de resposta ao tratamento por um grupo de doentes, devido ao desenvolvimento de anticorpos anti-fármaco (ADA) que neutralizam a acção do infliximab.
A Dr.ª Lídia Roque Ramos, no seu projeto exploratório, demonstrou que, usando uma técnica que deteta tanto ADA livres (fADA) como totais (tADA), em vez da técnica convencional que mede apenas fADA, se conseguiu identificar três grupos imunogénicos: fADA-/tADA-; fADA-/tADA+ e fADA+/tADA+.
Assim, perante estes dois grupos [fADA-/tADA-; fADA-/tADA+], que seriam englobados no mesmo grupo com o método convencional, é possível verificar que “as taxas de remissão clínica são completamente diferentes”, bem como o nível mediano de inflixumab detetado. Esta descoberta “é importante, considerando as estratégias de redução do infliximab”.
Segundo a gastrenterologista, “estes doentes que têm tantos os anticorpos livres como totais negativos serão os doentes a quem poderemos reduzir, com segurança, a dose de infliximab”.